sábado, 25 de março de 2017

52° dia - Módulo A criança interior


"Para recuperarmos o estado de inocência é preciso aprender a aprender com as crianças, para nos tornarmos como elas"
Pedro Figueiredo Ferreira

Teresópolis, 25 de março de 2017

O módulo criança: complexo criativo e as técnicas utilizadas para despertar a criança interior e a criatividade foi dado pela professora Moema Quintanilha.  
Um módulo riquíssimo em vivências e aprendizado.
Iniciamos um trabalho expressivo com uma folha A4 dobrada ao meio onde escrevemos nosso prenome. Em seguida recortamos e colamos o nome numa folha A3. A proposta era desenhar o que nossa criança tem por dentro, aquilo que gostaríamos de expressar.
No meu desenho a criança interior surge "olhuda" curiosa. Desenhei seus chakras. No chakra base sapatinhos vermelhos, como ela se move. No segundo chakra uma taça, onde estão seus tesouros criativos. No plexo solar um Sol radiante. No chakra cardíaco um grande coraç˜ao com jardim, flores e pássaros. No terceiro olho uma joia lilás cuja energia irradiada subiu ao chakra da coroa e espalhou-se.
Não foi representado o chakra ligado à comunicação. A criança está muda. Será que tem medo de expressar-se? 
Fui uma criança tímida. Falar em público sempre foi um problema para mim. Interessante notar que sou geminiana, signo da comunicação. Em meu mapa natal a lua transita pela terceira casa da comunicação. Minha comunicação se dá pela lua, pelo sentimento.



O segundo trabalho expressivo foi feito numa folha A3 divida em cinco partes como um quebra-cabeça. Em cada parte desenhamos situações ligadas aos sentidos a partir das memórias da infância de momentos felizes. 
Antes de iniciarmos os desenhos uma pequena bola texturizada era jogada, fechávamos os olhos em busca das sensações relacionadas ao sentido a ser expresso.
Audição - representei com uma gatinha pois ouvi mamãe cantar para mim uma canção da infância. No quebra cabeças essa peça foi a menor, e a que teve menos representaç˜ões. É preciso desenvolver a escuta.
"minha gatinha parda, 
onde anda que ninguém viu, 
onde está minha gatinha, 
você sabe? você sabe? você viu?"
Visão - nuvens com carinhas, como as formas que inúmeras vezes ficávamos vendo nas nuvens. Bandeirinhas e balão das festas juninas, minha época favorita do ano. O barquinho no mar simbolizando a procissão de São Pedro, um dia inesquecível para mim.
Paladar - a mesa posta na casa de Vovó Lili com seus deliciosos pastéis de carne moída; a vitamina de abacate feita por papai nas tardes de sábado; a pizza do Braz onde eu e Franklin comunicamos à família nossa decisão de casar; as taças de vinho em Buenos Ayres onde eu e Franklin brindamos nossa lua de mel; os deliciosos bolinhos de feijoada do Bar da Frente onde fomos com Vanessa quando ela esteve no Rio em 2014. 
O último sentido a ser expresso foi sinestesia, sentido ligado às sensações. Quando iniciei o recorte das peças do quebra-cabeça notei que as quatro primeiras partes estavam muito retas, então decidi fazer um desenho mais arredondado. Esse pedaço foi o último a ser utilizado e expressou a sinestesia.
 
Moema jogou a bola para mim. Segurei-a, fechei os olhos, e num átimo retornei ao exato momento em que sugava o leite no seio de mam˜ãe. Foi indescritível. Instantaneamente abri os olhos e exclamei emocionada "isso foi incrível"! 
A forma do papel coincidiu exatamente com o formato de um seio. Quanta sincronicidade!
Foi uma experiência sensorial muito rápida, intensa e profunda.

Iniciamos a confecção do jardim da nossa infância(imagem acima) utilizando papelão, pintura e colagem com diversos materiais, e de uma boneca de meia. Ambos trabalhos foram finalizados em casa. A boneca de meia, Maria Flor, ganhou destaque na publicação do dia 29 de março.
Também recebemos como tarefa de casa a elaboração de um trabalho expressivo a partir da sobra de papel do recorte do prenome (primeiro trabalho do dia).
Um mar com muitas ondas onde uma baleia e um escaravelho rumam em direção ao Sol. 
O Sol foi representado à direita do trabalho com sete braços.
No fundo do mar há riquezas e muita vida. Uma baleia, um escaravelho, uma ostra com uma pérola, estrelas e um cavalinho marinho. 
Um desenho que evoca a sede de iluminação ao subir na crista das ondas, e também a necessidade de mergulhar fundo no mar, onde lindos tesouros me aguardam.

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