sábado, 5 de agosto de 2017

80° dia - As tarefas de Psiquê

Teresópolis, 5 de agosto de 2017

Em 13 de maio no módulo Mitos, contos e linguagens expressivas, Claudia Brasil nos apresentou o mito de Psiquê, e nos solicitou como tarefa de casa que fizéssemos trabalhos expressivos sobre as tarefas de Psiquê.
A história de Eros e Psiquê é um mito antigo, pré-cristão, da era clássica grega, mas antes disso já existia na tradição oral.
O mito de Eros e Psiquê foi descrito por Lúcio Apuleiro (150 d.C.) no romance “Metamorfoses”, mais conhecido como “O asno de ouro”.



Primeira tarefa - A montanha das sementes

Na primeira tarefa proposta por Afrodite ela mostra uma enorme montanha de sementes de tipos diferentes e diz à Psiquê que ela deverá separar 
e selecionar cada tipo de semente antes do anoitecer e se ela não conseguir executar a tarefa o seu castigo será a morte.
Afrodite se vai e Psiquê se vê desconsolada diante da montanha de sementes, então se senta e espera uma solução e acaba por adormecer.
Durante seu sono aparecem milhares de formigas que, grão por grão, separam cada semente de acordo com a sua espécie e Psiquê ao acordar viu que a tarefa estava cumprida.



Mandala de sementes -  prato de papelão laminado usando as sementes que foram por mim separadas (feijão, milho, arroz e lentilha), cola colorida com glitter.
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Segunda tarefa - O velo de ouro
A segunda tarefa imposta por Afrodite será a de que Psiquê busque o velo de ouro – lã de ouro – dos ferozes carneiros que pastam na margem oposta do rio e novamente diz que se a tarefa não for cumprida o castigo será a morte.
Quando Afrodite se afasta, Psiquê se desespera e pensa mais uma vez em suicídio.
Ela se dirige ao rio que a separa dos carneiros, mas com a proposta de se matar, porém, no último instante, uma voz sai dos juncos da margem do rio e lhe diz que ela não poderia se aproximar dos animais durante o dia, pois os animais a matariam, mas que ela esperasse o início da noite e sacudisse as árvores de um bosque próximo, então poderia recolher a lã que costumava ficar presa nas ramagens e, assim, ela poderia obter a lã necessária para contentar Afrodite.
Psiquê assim fez e pela segunda vez conseguiu realizar a tarefa.
Afrodite não consegue crer que Psiquê tenha conseguido completar a segunda tarefa e enfurecida decide derrotar a moça na terceira tarefa.



























Trabalho feito com aquarela e lã merino ouro

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Terceira tarefa - Água gelada de uma fonte negra

Ela pede que Psiquê encha e entregue a ela uma urna com a água de uma negra fonte que irriga o rio Estige.
Este é um rio que nasce no alto de uma montanha e sua escalada é muito íngreme, além disso, o rio é guardado por terríveis monstros o que torna impossível a sua aproximação.
Afrodite retira-se confiante de que a moça não conseguirá realizar a tarefa e Psiquê outra vez se desestrutura e fica imobilizada por não saber como realizar tal feito e sua descrença é tão grande que ela sequer consegue chorar.
Neste momento aparece a águia de Zeus, pois o poderoso deus quer ajudar seu filho Eros e assim ordena que sua águia vá até Psiquê e então a águia pega a urna das mãos da moça e voa até o rio, enche-a  e a traz de volta para Psiquê.
Afrodite retorna e vê que a terceira tarefa fora também realizada e então resolve dar a mais difícil das tarefas.



Trabalho feito em papel preto, lápis branco realçado com caneta Poska branca e Gelato da Fabber Castell

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Quarta tarefa - A caixa da beleza de Perséfone

Afrodite ordena que Psiquê desça até os infernos e procure Perséfone, a esposa de Hades, o senhor do mundo inferior e dos mortos, e consiga com ela um pequeno cofre onde ela guarda seu ungüento da beleza.
Afrodite se retira certa de que finalmente daria fim à moça.
Psiquê mais uma vez se desespera e então sobe em uma alta da torre para de lá se jogar, pois somente morrendo poderia chegar ao mundo dos mortos.
Psiquê antes de consumar sua estratégia fatal recebe novamente ajuda e desta feita não é de um ser vivo e sim da própria torre em que subira. A torre lhe explica como realizar sua jornada ao mundo dos mortos.
A torre diz que Psiquê deverá levar nas mãos dois pedaços de pão de cevada e na boca duas moedas, que no caminho deverá recusar ajudar um homem coxo e também não deverá salvar um homem que estará se afogando, além de não se intrometer com as três tecelãs do destino e que ela também deve recusar qualquer coisa que lhe for dada para comer.
A torre instrui que as moedas serão para pagar o barqueiro Caronte que faz a travessia do rio Estige em sua ida e volta e que os pães serviriam para alimentar Cérbero, o cão de três cabeças e guardião
das portas do inferno.
E Psiquê em sua jornada:
  • Paga o barqueiro Caronte na ida e na volta com uma moeda
  • Encontra um homem coxo que lhe pede ajuda para apanhar a lenha que caíra de seu jumento e nega ajuda
  • Encontra um homem que está se afogando e também recusa ajudá-lo
  • Encontra as três tecelãs do destino e apesar do desejo de interagir com elas segue seu caminho
  • Fica diante de Cérbero, o cão de três cabeças e atira um pedaço de pão na ida e outro na volta e em ambas situações as cabeças brigam entre si, pois é apenas um pedaço de pão e três cabeças
Enquanto as cabeças de Cérbero brigam, Psiquê se aproveita e passa por eles
Encontra Perséfone que simpatiza com ela e lhe oferece um banquete que gentilmente é recusado
Por fim, ganha de Perséfone o cofre com o unguento da belezaBastaria agora à Psiquê entregar o cofre à Afrodite e ela teria cumprido todas as tarefas, mas não é isto que acontece. 

Psiquê tem o pequeno cofre com o unguento da beleza de Perséfone nas mãos e questiona por que ele seria tão importante para Afrodite e movida pela curiosidade e pela ideia que já não estava tão bela devido às duras tarefas que enfrentara decide por abrir o cofre.
Mas ao invés de encontrar a beleza, Psiquê encontra o sono da morte.
Eros que sabia ou sentia que sua amada corria perigo, já curado de sua ferida, voa até Psiquê e encontra-a adormecida na morte e então coloca novamente o sono da morte no cofre e desperta Psiquê.
Após, o deus do amor leva sua amada até o Monte Olimpo e pede a seu pai, Zeus, que este a transforme em deusa.
Afrodite aparenta concordar com a ideia e com a anuência dos demais deuses, Psiquê é então transformada em deusa e, desta forma, Eros e Psiquê se casam e ela dá à luz a uma menina que se chama Prazer.


Trabalho feito com Gelato da Faber Castell. Realçado com caneta preta.

A descrição das tarefas foi compilada do livro Conto de Amor e Psique de Apuleio e do link abaixo em 14/09/17
http://paulorogeriodamotta.com.br/o-mito-de-eros-e-psique/ 

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