sábado, 10 de junho de 2017

71° dia - Pantanais da alma


Teresópolis, 10 de junho de 2017


Neste módulo trabalhamos o livro Pantanais da alma de James Hollis. Dor, perda, traição, dúvida, culpa e solidão foram alguns dos temas abordados por Silvia Rocha.


Fizemos uma vivência cuja técnica foi desenvolvida pela psicoterapeuta Ligia Diniz. Utilizamos colagem e a diluição das imagens com três camadas de papel vegetal.

Para colagem foi solicitado que levássemos imagens em P&B. Levei alguns recortes que eu tinha selecionado para cartas do Soul Collage e que não chegaram a ser utilizadas.

A mulher dançando chamou atenção por lembrar a dança sufi dos derviches. Há imagens de uma catarata, uma escada  antiga e na base do trabalho coloquei a imagem de umas estátuas de esqueletos. Elas ficaram deitadas.

A cada camada de papel vegetal reforçamos com caneta hidrocor preta a imagem que ficava mais visível. 

Após a terceira camada colorimos as imagens que sobressaíram com canetas hidrocor.

A mulher dançando e os três esqueletos amarelos, numinosos, transmitem que é necessário passar por uma iniciação (como o transe da dança derviche) para se chegar à compreensão da morte.

Escrevi no meu caderno de aula: 
"A mulher gira, dança e entra em transe. Seu objetivo com essa dança é descer ao mundo dos mortos. Ela gira e vem com a força da natureza. Nada detém o giro. Ela tem à disposição dela um instrumento para descer no inconsciente. Assim como é em cima é embaixo. Ela não teme os mortos. Eles têm muito a ensinar."





















Trabalhamos o tema da solidão com uma vivência. Silvia conduziu-nos com uma meditação dirigida para que entrássemos em contato com a nossa solidão.


Vivi a solidão de um pássaro nos Andes. O condor. Fui o Condor. Por segundos entrei na pele do pássaro e senti o frio e a solidão. Ele ficava quieto no alto do cume mais alto. Levantou vôo e seguiu em direção ao Sol invernal de raios ligeiramente quentes. Saiu em busca de calor.

Essa vivência foi bastante intensa. Fiquei profundamente emocionada, pois nunca imaginei de entrar em contato com a solidão de um Condor.

Sentimento é minha função inferior. Ao entrar em contato com os meus sentimentos sempre os vivencio como algo além de mim, pertencente à natureza, ao outro, ou à humanidade, dificilmente relaciono a um sentimento meu.


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