Na sessão de terapia de hoje, após uma excelente meditação, Vanda me convidou a fazer um trabalho expressivo tendo em mente a frase "Assim como é em cima é embaixo".
Compreendi o significado da frase, e tinha uma ideia de que era de Hermes Trimegisto (já tinha lido alguma coisa a respeito). O que eu não sabia era que Hermes foi um filósofo e legislador egípcio que viveu entre 1500 e 2500 AC.
Pesquisando na internet encontrei uma descrição do livro Caibalion ou Kybalion que aborda as leis que direcionam e organizam toda a Vida na Criação, sabedoria descrita nas 7 leis herméticas. O livro foi escrito por seguidores do hermetismo, ensinamentos de Hermes Trimegisto.
A lei da correspondência diz: "Assim como é em cima é embaixo", "O que está dentro é como o que está fora", isto é, o macrocosmo está no microcosmo e vice-versa, ou seja, nossas ações (microcosmo) repercutem no macrocosmo. Através da compreensão desse ensinamento percebemos que o universo está contido em nós e, portanto, estamos conectados ao todo. Tudo está interligado e integrado.
Os alquimistas da idade média buscaram nos ensinamentos herméticos a base para os estudos alquímicos de transmutação do ser humano.
Na elaboração do trabalho todo o simbolismo surgiu de forma bastante espontânea. Uma serpente de duas cabeças representa a lei da correspondência. Uma está voltada para a noite onde uma estrela lilás brilha. A de baixo está iluminada pelo Sol. Abaixo do desenho o mar, água, representação das emoções, elemento sempre presente nos meus sonhos e trabalhos.
O corpo da serpente ou cobra tem vários desenhos herméticos. Há alguns elementos egípcios como um homem, que me parece um escriba (seria Hermes?), uma pirâmide, um pequeno escaravelho e olhos que "vêem". Consciência revelada.
O Sol surge na parte de baixo do desenho. Inconsciente iluminado. A vida brota dos dois lados, do dia e da noite.
Esse foi um dos trabalhos que mais gostei de fazer. Identifico-me muito com a Alquimia. Interessante notar que eu tinha uma compreensão do significado da frase, sabia que ela pertencia a Hermes Trimegisto, mas não sabia que ele era egípcio. Foi bacana e surpreendente ter colocado tantos elementos egípcios no trabalho.